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1.11.13

ADEUS, PERIMETRAL!

Da visão de um viaduto encravado em um espaço urbano tão compacto, eu nunca gostei. Facilitava o trânsito, cortava caminho, fazia chegar mais rápido... mas era um monte de concreto sombreando o asfalto de um Rio Antigo que o carioca tratou de transformar em teto para o comércio de pescados da Praça XV e para o Angu do Gomes. Quem lembra? Sim, na madrugada não incomodava, ao contrário, abrigava isso e outras coisas mais. Mas bastava amanhecer que o cinza tomava conta do lugar, sem vozes, sem cheiros (ops, o cheiro já não era mais o do peixe ou o do Angu). A Bolsa de Valores ali no canto, à sombra do dito cujo, ou melhor, da dita Perimetral. Mas essa era a minha visão de baixo. Tudo isso mudava quando eu seguia por ela para alcançar o Santos Dumont. Gostava de me despedir da Cidade passando por ali, vendo a Baía e os telhados dos prédios que, quando criança, me pareciam castelos.


A estação das barcas (foto MB)


O Restaurante Albamar, que teve seus tempos de glória (foto MB)


Perimetral (foto MB)

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