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15.12.09

RIO GRANDE DO NORTE EM TRÊS ETAPAS

Comentários básicos: Êta, litoral lindo de morrer!
RN é que nem mingau quente, tem que ser saboreado de-va-ga-ri-nho. Aliás, penso que qualquer viagem tem, no mínimo, 4 momentos principais: planejamento exaustivo, reconhecimento in locco, contemplação e assimilação. O que significa dizer que “queimar” uma dessas etapas vai dar, cedo ou tarde, a sensação de “faltou alguma coisa” e você, irremediavelmente, terá que voltar lá. Por exemplo: todo mundo quer ir para Natal. Quando lá chega, contrata um buggy para percorrer praias e lagoas que ficam em outros municípios do Rio Grande do Norte. E quem não quer?

Foto MB de alguma duna entre Genipabu e Maxaranguape, em julho de 2006.

É aí que entra o momento 1. Veja o quanto você está disposto a investir e como. Não adianta reservar 3 dias e querer fazer tudo que o turismo potiguar oferece. Por assim pensar, foi que eu, no melhor estilo “viajante de carteirinha aos lugares já visitados torna”, desembarquei pela terceira vez em Natal. As vezes anteriores foram em temporada alta e cheguei por terra (depois conto em detalhes que, nos anos 80, saí do Rio de Janeiro de Fiat e só voltei depois de visitar o Forte dos Reis Magos). Conheci o litoral sul (momento 2) e o litoral norte (momento 3), mas não a cidade de Natal propriamente dita, tampouco a região metropolitana sem contato com o mar.

Foto MB feita do elevador do hotel, em outubro de 2009.

Confesso que chegar pelo ar, na baixa temporada e ir direto para um resort na Via Costeira (momento 4) deu o tom novidadeiro. O revival ficou por conta do “Calçadão” da Praia dos Artistas, com feira de artesanato e point dos turistas; da ponte da Redinha que eliminou a travessia de balsa do Potengi; da refeição potiguar com macaxeira cozida e feijão verde; da noite que começa por volta das cinco da tarde; do sol que oito da manhã já tem índices altíssimos de UVB e UVA ; do vento que venta, venta e venta sem parar...


Tomei um baita susto com o calor que fazia no local. O ar condicionado do aeroporto é mantido desligado, numa prática que, nas palavras das balconistas das lojas, “tem jeito não, é sempre assim”. As opções na lanchonete no desembarque não são lá muito boas. Se for o caso de comer ou beber alguma coisa, aconselho ir para o setor de embarque, no segundo andar. Da próxima vez vou comprar o lanche Gol (honesto nos seus menos de R$ 20,00): economiza tempo e é um banquete se comparado ao que vi em terra.
Será construído um novo aeroporto para a Copa de 2014, em local ainda mais afastado do centro e, nas palavras do taxista, “desnecessário tal qual o Metrô”. Metrô em Natal? Vixe, Maria!Enquanto eu esperava a bagagem (mochila básica, com muito filtro solar), lembrei de pegar os folders promocionais repletos de mapas e opções de traslado e passeios. Havia vários deles em um totem no salão de desembarque. Minha sugestão de ouro é alugar um carro já no aeroporto, a menos que você vá se isolar em um resort da Costeira, não pensa em circular por alguns dos 400km do litoral potiguar sem sacolejar em um buggy ou planeja se esparramar na cama desde o início da noite (os passeios terminam por volta das 17:00 hs) para assistir TV em um quarto com ar condicionado. Nada contra essa última opção, afinal assistir os programas locais pode render boas dicas (foi essa a motivação final para conhecer São Gonçalo do Amarante). Mas, convenhamos, 1 hora é mais que suficiente para isso. Já volto pra contar mais.

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